sábado, 25 de junho de 2011

Letra Cursiva na Educação Infantil

[...] o que realmente importa é que seja feito um trabalho que desperte na criança o desejo de escritar letra cursiva e, quando ela se sentir preparada busque e o professor a ajude a entender como se grafa cada uma delas. (HÉLIO SCHWARTSMAN)

           A forma de grafar as letras passou a ser um impasse desde que as Teorias de Aprendizagem começaram a ser discutidas amplamente nas escolas. A definição da concepção teórica de uma escola implica diretamente na postura que se espera dos educadores que ali atuam. Na escola infantil nem sempre esta teoria condiz com as práticas reias de sala de aula.
           Um dos pontos que acentuam tal divergência está na forma de ensino da linguagem oral e escrita. Dentre tantas questões, hoje apresento: a letra cursiva. Muitas práticas infantis ainda se pautam no treino do traçado da letra cursiva como forma de se ensinar a escrita, até mesmo pela comodidade em se repetir uma mesma prática já conhecida e a busca de agradar aos pais.
          As implicações pedagógicas de repetições da transposição de práticas do Ensino Fundamental para a Educação Infantil e suas respectivas metodologias nem sempre são analisadas pelos professores das crianças pequenas. Nem tão pouco se fala em como propiciar a discussão com os pais sobre tal fato ou estabelecer práticas de compreensão dos usos sociais da letra cursiva, no entanto, é necessário repensarmos algumas posturas.
          A letra cursiva tão conclamada em algumas escolas se difere de outros tipos equivalente e em alguns contextos são priorizadas, porém as letras de imprensas (ou palitos) propiciam melhor visibilidade do que é escrito o que facilita a aprendizagem, ou seja, a melhor compreensão da escrita enquanto ato de comunicação social.
          As crianças maiores, amam aprender a "letra de mão" e, por isso, a escola não precisa se preocupar tanto com o seu treino e, digo: o treino pelo treino, sem atividades significativas. Aprender a traçar a letra cursiva não garante a aprendizagem da escrita, nem tão pouco forma o leitor.
          Letra cursiva e palito podem coexistir por um tempo, até que a criança domine a escrita. Não deve-se elevar uma em detrimento da outra ou tão pouco forçar as crianças com treinos, repetições sem sentidos.

Para visualizar letras cursivas:
O professor também precisa saber grafar corretamenta as letras cursivas, para isso, indico o vídeo: Alfabetizar: alfabeto com letra cursiva, In: http://www.youtube.com/watch?v=e8_0fQwE2ro.

Curiosidade:

Souza Lima, entretanto, lança dois alertas. O tempo dedicado a tarefas complementares como a cópia de textos e exercícios de caligrafia não deve exceder 15% da carga horária. No Brasil, frequentemente, elas ocupam bem mais do que isso.
Ainda mais importante, não se deve antecipar o processo de ensino da escrita. Se se exigir da criança que comece a escrever antes de ela ter a maturidade cognitiva e motora necessárias (que costumam surgir em torno dos sete anos) o resultado tende a ser frustração, o que pode comprometer o sucesso escolar no futuro.

Referência:
SCHARTSMAN, Hélio. Ensino da letra cursiva para crianças em alfabetização divide a opinião de educadores. 17 mai. 2010. Disponível em: .

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Creche e Escolarização: como assim?

O cuidar, o educar e o brincar andam juntos na educação infantil...
Mas, nem sempre foi assim.


         A legalização (ou seria legitimação?) da Creche como parte da educação básica trouxe para ela inúmeras vantagens. Políticas públicas foram fomentadas e verbas destinadas, porém na maioria dos contextos não houve mudanças significativas em sua prática pedagógica.
         As leis garantiram a inserção das crianças de 0 a 3 anos num ambiente institucionalizado, com práticas que vai além do cuidar: que fomente o educar. Mas, muitas instituições que ofertam tal modalidade não se preparam para atender com qualidade esta faixa etária.
         O adiantamento das práticas do Ensino Fundamental não recai somente sobre a pré-escola. Muitas creches tomam para si práticas que não condizem com o perfil do seu alunado e deixam de promover aos pequenos atividades que os ajudem a se desenvolver, aquelas que preservam a essência deste momento: o brincar.
         A falta de formação específica para atuar em tal idade também tem sido um problema. Apesar da própria LDB 9394 de dezembro de 1996, dizer ser necessária na maioria das escolas os professores que ministram aulas para estas crianças não são habilitadas para a função. A resolução deste fato é relativamente simples, basta que se cumpra a legislação no que tange a formação inicial e continuada dos profissionais que atuam nas creches.
         É preciso que se tenha qualidade na formação inicial dos professores, principalmente dos pedagogos, e que a formação continuada aconteça em serviço para que as unidades de ensino (creches) possam ter identidade própria e atender as especificidades de seus alunos e da sociedade em que eles vivem.
         A concepção de creche como lugar de 'guardar a criança', onde ela possa ficar em segurança para sua mãe trabalhar, está ultrapassada há mais de 3 décadas, mas o entendimento e as posturas didáticas que reforçam tal equívoco ainda não. Vê-se isso claramente quando se admitem a contratação de 'cuidadores', 'monitores' para tais estabelecimento (a grande maioria deles sem nenhum conhecimento do desenvolvimento infantil (Jean Piaget e Vygostisky). E, ao se propor práticas de adiantamento de comportamentos, atitudes e conceitos, metodologias e atividades específicos para o Ensino Fundamental aos pequeninos.
         O cuidar e o educar devem caminhar juntos, e o brincar ser a base para que o cuidado e a educação aconteça de forma mais natural possível para esta criança. Ao se constituir a unidade creche o entendimento deve se pautar nos fundamentos e princípios da infância e ter como objetivo geral a formação integral dela, e não a escolarização das crianças de 0 a 3 anos.
         Entre os inúmeros questionamentos a respeito dessa nova concepção da função da creche, alguns questionamentos são frequentes, dentre eles destaca-se: Qual é o postura adequada que o professor da Creche precisa ter? e para responder tal questão tomo as palavras das professoras Beatriz Ferraz e demais entrevistas pela UNIVESP TV no vídeo abaixo.

Educação Infantil: Cuidar, Educar e Brincar 


Referência:
Educação Infantil: Cuidar, Educar e Brincar. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=RiFXduOjRUI.


SANTOMAURO, Beatriz. O que não pode faltar na creche. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/nao-pode-faltar-428520.shtml.

MOÇO, Anderson. As crianças têm muito o que aprender na creche. Abril, 2010. ed. 231. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/criancas-muito-aprender-creche-educacao-infantil-aprendizagem-brincadeiras-linguagem-546791.shtml.

Rotina: introdução da aula ou gestão do tempo?

Fonte: Nova Escola

         Quando comecei a trabalhar com a Educação Infantil  logo percebi que organização era muito importante para as crianças pequenas. Tanto as menores quanto as maiores precisam conhecer o que iria acontecer durante o dia para que se sentissem seguras.
         Há algum tempo pensei que o conceito Rotina ia além das atividades de introdução de uma aula e, foi assim que percebi que na literatura seu significado divergia das práticas do dia-a-dia, em especial do que se registra nos planos de aula e nos diários.
         Simplicar este conceito, ou seja, entendê-lo somente como os momentos iniciais da aula não me satisfazia e foi assim que coloquei-me a investigar o que os autores queriam dizer com Rotina. E, assim compartilho convosco as minhas descobertas.
           Percebi que o termo ia além dos momentos iniciais da aula (como muitos colegas ainda insistiam que fosse), que a Rotina:
       - era uma forma qualitativa de gerir o tempo;
       - contribuía para o desenvolvimento real da criança;
       - permitia que os objetivos fossem atingidos;
       - tornava a aula mais organizada, significativa e prazerosa, e;
       - possibilitava maior segurança e autonomia para as crianças.

         Nas pesquisas, por mim, realizadas observei que uma escola infantil que se preocupava com o desenvolvimento integral da criança busca na gestão do tempo o respaldo para alcançar seus objetivos. Fomenta suas práticas de tal maneira que todo o processo educativo contribui para a aprendizagem significativa, que vai  além dos conceitos.
         Entendi então, que Rotina é a forma de gerir o tempo na Educação Infantil - o desenvolvimento prático do planejamento - que este traz segurança à criança, pois permite que ela preveja as ações a serem realizadas e possibilita que os diferentes eixos a serem trabalhados nas creches e pré-escolas sejam contemplados.
           O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, em seu volume intitulado Introdução,  ao tratar da organização do tempo, descreve que "A rotina representa, também, a estrutura sobre a qual será organizado o tempo didático, ou seja, o tempo de trabalho educativo realizado com as crianças. A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e as situações de aprendizagens orientadas. [...]" (BRASIL, 1998, p. 54. Grifo Nosso.)
           Digo isso, por que "A gestão do tempo em Educação Infantil requer flexibilidade e planejamento constantes. A prioridade é o atendimento às crianças, com necessidades de cuidados e aprendizagem próprias, que devem ser sempre respeitadas", diz Ana Paula Yazbek, pedagoga e formadora de professores do Centro de Estudos da Escola da Vila, em São Paulo".
          Ao organizar o tempo, o professor precisa ter em mente que

[...] A apresentação de novos conteúdos às crianças requer sempre as mais diferentes estruturas didáticas, desde contar uma nova história, propor uma técnica diferente de desenho até situações mais elaboradas, como, por exemplo, o desenvolvimento de um projeto, que requer um planejamento cuidadoso com um encadeamento de ações que visam a desenvolver aprendizagens específicas. Estas estruturas didáticas contêm múltiplas estratégias que são organizadas em função das intenções educativas expressas no projeto educativo, constituindo-se em um instrumento para o planejamento do professor. Podem ser agrupadas em três grandes modalidades de organização do tempo. São elas: atividades permanentes, seqüência de atividades e projetos de trabalho.  (BRASIL, 1998, p. 54-55. Grifo Nosso.)
        E incluo ainda, nestas três grandes modalidades de organização do tempo, uma quarta intitulada atividades ocasionais. Sendo que estas quatros juntas formam a estrutura básica no quesito estrutura de organização do tempo, indicando que tipos de exercícios devem ser desenvolvidos nas creches e pré-escolas e ajudando o professor na hora de escolher e propor as atividades para sua turma. Noutras palavras, dizemos: um bom planejamento as incluem em sua rotina diária.
A rotina na educação infantil pode ser facilitadora ou cerceadora dos processos de desenvolvimento e aprendizagem. Rotinas rígidas e inflexíveis desconsideram a criança, que precisa adaptar-se a ela e não o contrário, como deveria ser; desconsideram também o adulto, tornando seu trabalho monótono, repetitivo e pouco participativo. (BRASIL, 1998, p. 73)

         Fazer uso desta informação de modo que a rotina não se torne um entrave à aprendizagem dos pequeninos, nem tão pouco desconsidere a importância do brincar para o desenvolvimento destes, faz parte do pensar qualitativo na Educação Infantil.
A organização do tempo deve prever possibilidades diversas e muitas vezes simultâneas de atividades, como atividades mais ou menos movimentadas, individuais ou em grupos, com maior ou menor grau de concentração; de repouso, alimentação e higiene; atividades referentes aos diferentes eixos de trabalho. (BRASIL, 1998, p. 73. Grifo Nosso.)
         A diversidade de tipos de atividades, promove ludicidade à aula e possibilita que as crianças, com suas diferentes personalidades, ritmos e culturas se sintam incluídas e contempladas. A contemplação dos diferentes eixos além de fazer com que o currículo seja cumprido permite dinamicidade a aula, tornando-a muito mais gostosa.
Considerada como um instrumento de dinamização da aprendizagem, facilitador das percepções infantis sobre o tempo e o espaço, uma rotina clara e compreensível para as crianças é fator de segurança. A rotina pode orientar as ações das crianças, assim como dos professores, possibilitando a antecipação das situações que irão acontecer. (BRASIL, 1998, p. 73. Grifo Nosso.)
         Desde bem pequena a criança tem condições de compreender uma 'rotina clara'. Quando a escola toma para si tal exercício todos se sentem seguros e a introdução de novos conceitos acontece de maneira tranquila.
         Hoje, entendo que Rotina é um conceito que traz implícito em si a forma de gerir o tempo escolar, neste caso em especial na sala de aula e o que muitos registram como tal em seus diários é somente a introdução de uma aula. Para vislumbrarmos melhor tal entendimento sugiro a leitura da reportagem de Noêmia Lopes, intitulada Como organizar a rotina em creches e pré-escolas e publicada pela revista Nova Escola. Assim, como a análise do vídeo Rotina e aprendizagens no berçário de Sílvia de Jesus.

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                                  Propostas simultâneas otimizam o dia a dia das crianças e evitam momentos de espera
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Rotina e aprendizagens no berçário
Para vislumbrar, na prática, o conceito Rotina que vejam o vídeo abaixo: Rotina e aprendizagens no berçário, protagonizado pela prof.ª Sílvia de Jesus. Uma experiência muito rica,  que permite a reflexão sobre o que vem a ser tal conceito e sua importância para o desenvolvimento das crianças menores.
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Curiosidade:
No início de minha carreira foi orientada que a rotina era sinônimo de: oração inicial da aula, leitura do alfabeto, do relógio do tempo e da contagem dos números. E, que deveria ser registrada como primeiro conteúdo de cada aula. Num curso que fiz percebi que esta ia além destas atividades; que tais atividades num bom planejamento compõe a Introdução da aula. E, que cada boa aula, tem: introdução, desenvolvimento e conclusão.
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Referências:
LOPES, Noêmia. Como organizar a rotina em creches e pré-escolas. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/como-organizar-rotina-creches-pre-escolas-organizacao-gestao-tempo-propostas-simultaneas-momentos-espera-544865.shtml?page=0

Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.: il.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Creche - Brincar é Explorar


Brincar é intrínsico a infância. Toda criança pequena o faz sem pedir licença.  E por ser o ofício da infância a escola não pode relegá-lo a segundo plano. Inserí-lo no currículo oficial das creches,  dá condições de ampliação das possibilidades de acerto na escolha das atividades relativas ao educar na educação infantil.
Trazer para o seu repertório de trabalho faz com que o educador se aproxime da linguagem de seus alunos e consiga percebê-los enquanto sujeitos da própria ação. Dá condições de se aprender brincando.
           No site da Nova Escola encontrei a Atividade Permanente para alunos das creches, intitulada: Brincar é explorar. Esta não deve faltar em nenhuma sala de aula destinada às crianças de 0 a 3 anos. Por isso, transcrevo-a abaixo.
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Atividade Permanente: Brincar é Explorar

Faixa etária: 0 a 3 anos

Conteúdo: Exploração dos objetos e brincadeiras


Objetivos:
- Organizar um ambiente interno com diversas opções de jogos de exercício.
- Favorecer o movimento da criança e a exploração de materiais.

Tempo estimado: Durante o ano todo.

Material necessário:
Jogos de exercício variados, brinquedos de encaixar, instrumentos musicais, rolos ou blocos de espuma, bolas, material reciclável etc.

Desenvolvimento

1ª etapa
Ao conceber um espaço para receber jogos de exercício, dedique algum tempo para analisar a quantidade e a qualidade dos brinquedos disponíveis. Sobre a quantidade, é importante verificar se há material suficiente para todos. Nessa faixa etária, deve haver um bom número do mesmo tipo para que os pequenos possam explorar sozinhos ou compartilhar com os colegas - nesse último caso, em atividades que não exijam tempo de espera, adaptadas ao comportamento dessa faixa etária. Sobre a qualidade, os objetos devem ser feitos de materiais seguros, com tamanhos maiores que o da boca dos bebês aberta e com diferentes cores e texturas.
2ª etapa

Organize os brinquedos em cantos diferenciados, de acordo com a habilidade que cada um deles possibilita desenvolver. Por exemplo, colchões, almofadas e rolos num lado da sala, opções de jogos para encaixar e empilhar em outro e instrumentos em uma prateleira ao alcance da turma. Com o tempo, as crianças podem ajudar na reformulação dos ambientes. Para entender a mensagem delas, atenção ao modo como se comportam os pequenos. Se reparar que há um canto aonde ninguém vai - ou que deixou de ser popular depois de algumas semanas de diversão -, vale a pena reorganizar os materiais e acrescentar novos elementos.

3ª etapa

Quando começar o momento da brincadeira, investigue de que forma os materiais disponíveis são usados. Com base nas descobertas, devem surgir outras possibilidades de exploração. Aqueles que começam a reagir aos brinquedos com sons, por exemplo, vão adorar experimentar diferentes instrumentos. Já os que conseguem empilhar peças podem brincar com cubos de diversos tamanhos e, assim, testar cada vez mais os limites de equilíbrio de uma torre.

4ª etapa

Atenção à questão do tempo: os pequenos costumam demorar mais para se envolver com um brinquedo. Eles chegam perto, mexem um pouco, largam e voltam. A noção de permanência vem com a experiência. Por isso, é importante não mudar os jogos com muita freqüência. Ao longo do ano, as crianças irão buscá-los diversas vezes e, aos poucos, tentarão realizar novas experiências com cada um deles. Nesse aspecto, a parceria do professor é muito importante. Mas não se deve impor regras ou rotular ações como certas ou erradas. Ao contrário: a mediação precisa estimular a curiosidade e a criatividade. Coloque questões como "Você gostou de batucar esse tambor?", "Por que encaixou esta peça aqui?" e "Quer pegar o aviãozinho?". Esse tipo de estímulo serve até mesmo para quem ainda não desenvolveu plenamente a fala.

Avaliação
Observe os movimentos exploratórios da turma para encaminhar a atividade. Esse diagnóstico pode servir de base para a reorganização do ambiente - verifique, principalmente, se o conjunto de atividades favorece a mobilidade e a exploração - e para propor desafios individuais. É possível, por exemplo, estimular a experimentação perguntando: "O objeto com que você está brincando produz sons ao ser chacoalhado? Encaixa em outro maior? Abre uma portinha?" Faça anotações sobre o comportamento dos pequenos e, se possível, filme ou fotografe as interações com os jogos e com os amigos.

Retirado de:
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Referência:
ROSA, Sanny S. da. Brincar, conhecer, ensinar. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002. (Coleção Questões da Nossa Época)

Aprendizado Infantil - Creche

Ensinar na creche significa permitir que as crianças, ao brincar, explorem objetos e ambientes.

Como a criança aprende?
Esse deveria ser um questionamento presente nas rodas de conversas de pais e professores.
Saber que a criança vê o mundo sob uma perspectiva diferente do adulto nos dá condições de nos colocarmos no lugar dela e compreender melhor seu desenvolvimento.
Entender como ela aprende possibilita a escola construir uma Rotina que favoração tal processo. E permite que os conteúdos sejam abordados com base em atividades de pesquisa (e descobertas), por meio do lúdico.

"Em nenhuma outra fase da vida as crianças se desenvolvem tão rapidamente quanto até os 3 anos de idade. Daí a importância de entender como cada atividade ou brincadeira ensina." (Anderson Moço)

           Ao ler a reportagem intitulada Quanto Coisa eles Aprendem, de Anderson Moço, rememorei a fala de uma ex-professora da faculdade que ao falar do assunto enfatizava a importância da creche enquanto espaço educativo e de crescimento saudável e da necessidade de se construir uma rotina que fomentasse o desenvolvimento da criança pequena em todos os aspectos. Abaixo reproduzo parte do referido texto, publicado na Nova Escola.

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[...] O conhecimento, nessa fase, se dá basicamente por meio da ação, da interação com os colegas e os adultos, da brincadeira, da imaginação e do faz de conta. "Não se trata, portanto, de escolarizar as crianças tão cedo, mas de apoiá-las em seu desenvolvimento", ressalta Beatriz.



          Nesta reportagem, você encontra sete atividades realizadas ao longo de um dia por turmas de 1 e 2 anos na IMI Maroca Veneziani, em São José dos Campos, a 97 quilômetros de São Paulo. Elas estão inseridas nos seguintes eixos do currículo (o nome varia conforme a rede, mas a essência é a mesma):

1. Exploração dos Objetos e Brincadeiras (Conhecimento pela imaginação)
2. Linguagem Oral e Comunicação (Contato com a escrita)
3. Desafios Corporais (Domínio do corpo e destreza)
4. Exploração do Ambiente (O mundo todo para conhecer)
5. Identidade e Autonomia (A construção da independência)
6. Exploração e Linguagem Plástica (Expressão e percepção visual)
7. Linguagem Musical e Expressão Corporal (Produtores de música)

          Acompanhe essa rotina [...] para entender como a criançada aprende tanto ao brincar!

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Para saber mais, leia o texto na íntegra:

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Que Saudade!!!

As crianças também sentem saudades?
Sim, principalmente quando são privadas de alguém muito querido.
Se nós, adultos, sentimos saudades mesmo dos que estão vivos, imagine quando eles vão embora de vez.


         Pensar em estratégias de acolhimento é muito importante. A escola pode se preparar para diminuir a dor das perdas e possibilitar que o luto, por exemplo, seja vivido de forma saudável. Mas como fazer isso? E é nossa função fazer isso?
         Hoje mesmo soube o quanto uma criança havia mudado com a perda do pai e, foi ai que percebi a importância de reafirmar que o educar e o cuidar são indissociáveis.
A vida traz inevitáveis perdas, seja de um amigo, de um parente querido. Sempre que um desses eventos ocorre, passamos pelo luto, um processo psicológico que atinge o indivíduo, sua família e os grupos da sociedade dos quais ele participa. E as crianças também enfrentam operíodo doloroso. Embora as menores não compreendam inteiramente a ideia de morte, o assunto deve ser discutido na escola para que elas tenham a oportunidade de trocar opiniões com os colegas e também encontrar apoio para o sofrimento. (NOVA ESCOLA, 2010)
         O tema não é fácil de ser discutido, mas é preciso fazer tal discussão. Usar a sinceridade e as diferentes linguagens permite que a criança se expresse e externalize sua dor. Filmes infantis muito contribuem para com o trabalho na escola infantil, dentre eles destacamos: Bambi, O Rei Leão e o Vale Encantado.
         E, entre tantos textos que discute o assunto encontrei este de Graziela Zlotnik Chehaibar que aborda de forma suscinta a questão:
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Como Lidar com o Luto Infantil 
Esconder e inventar histórias sobre morte para as crianças não é melhor forma de evitar a tristeza ou a confusão pela perda de um ente querido.
Constantemente as crianças estão em contato com filmes, noticiários ou mesmo desenhos nos quais, de alguma forma, o falecimento entra como assunto. Mesmo assim, muitos pais, parentes ou amigos tentam proteger os pequenos da tristeza escondendo ou contando histórias "amenizadoras¨, o que pode gerar problemas futuros.
É comum que a criança se sinta triste com a perda de um ente querido, e isso pode durar algumas semanas, já que além da perda ela também pode ser sentir um pouco desprotegida, pois seus parentes também estão tristes reservando menos espaço para seus cuidados. Passado este período de ¨luto¨ a criança se prepara novamente para sua rotina, mas pode continuar triste, com saudade da pessoa que faleceu, até achando que ela irá voltar. Por isso é importante que não se esconda da criança o que realmente aconteceu.
Inventar histórias como ¨foi viajar¨, pode deixar a criança muito confusa. Ela cria a expectativa de que a pessoa irá mesmo voltar e se sente frustrada quando percebe que foi enganada e pode também vir a não aceitar a verdade.
A reação da criança frente à perda está totalmente relacionada à maneira como as pessoas mais próximas abordam o assunto. Com a morte de um ente querido a criança se sente vulnerável, acha, por exemplo, que se perdeu o pai também perderá a mãe, e assim por diante. Por isso é importante que ela tenha espaço para exprimir seus sentimentos, seus desejos, deixando a critério dela, por exemplo, a ida ao velório.
A idade também é um fator predominante no entendimento da criança. As pequenas entendem a morte como algo que acontece só com as outras pessoas e quando acontece, por exemplo, na sua família, ela acredita que é reversível, que a pessoa voltará. Só a partir dos 10 anos ela passa a entender a perda como realmente é de fato. Mesmo que a idade não permita que a criança entenda direito a perda, a conversa sobre a morte de um ente querido deve ser clara e sem mentiras.
Abrir um espaço de conversa para expor à criança que a morte não é um castigo, mas sim um acontecimento natural é muito importante. Muitos se culpam pela situação, ¨minha avó morreu porque eu briguei com ela¨. Por isso, mostrar aos pequenos que nossa existência é finita e que todos irão morrer um dia também pode ajuda-lo na compreensão da perda.
O tempo é um grande aliado para que a perda seja assimilada e aceita. Quando o tempo passa e as mudanças no comportamento não se modificam como: tristeza, medo, sentimento de culpa, desejo de isolar, excesso ou ausência de sono, cansaço, dores, desinteresse, ansiedade e outros fatores que podem prejudicar seu relacionamento, na escola ou com os amiguinhos, é importante que se busque ajuda de um profissional para elaborar o luto da melhor forma possível. [...]
Fonte: http://blogdarosecleia.blogspot.com/2010/05/como-lidar-com-o-luto-infantil.html

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Curiosidade:

Desde pequena, a criança já entende a ideia da morte - o que muda ao longo dos anos é a concepção dela sobre a perda. Até os 5 anos, a criança considera a morte reversível. Depois, começa a entender a finitude, mas ainda não a concebe como universal - acha que ela não pode vir para alguém jovem, por exemplo. "É somente por volta dos 10 anos que passamos a compreender a morte com mais clareza", explica Maria Júlia. Nesse sentido, a participação em rituais como velórios e enterros, ainda que dolorosa, é importante para auxiliar na complexa construção do que significa a morte (leia o quadro abaixo).


Mostrar a dimensão cultural da morte

A perda de um bichinho de estimação também é uma maneira de educar uma criança para a morte e o luto. "Emocionalmente, o impacto é menor do que perder a mãe, por exemplo, mas pode ser maior do que a morte de um parente distante. O luto da criança pela perda de um animal deve ser respeitado da mesma maneira", observa Valéria. No início do ano, os educadores da Creche Central da USP, na capital paulista, se viram diante de uma situação como essa e precisaram alterar a programação das atividades para se voltar a um fato que mobilizou todas as crianças: um jabuti que vivia no local morreu e com isso surgiram perguntas e inquietações por todos os lados. Depois de esclarecer os fatos, a escolha foi elaborar um trabalho para que a morte fosse aceita e compreendida. "Fizemos uma assembleia com todos para decidir o destino do corpo. Por fim, com o consentimento de todos, realizamos uma cerimônia simbólica, seguida do enterro", conta o coordenador Rodrigo Flauzino. Para ele, o importante era que os pequenos não só lidassem com a morte mas também participassem do ritual para compreender sua dimensão cultural.
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Dicas de atividade:
BIBIANO, Bianca. 5 pontos para abordar a morte em sala de aula. Disponível em:  http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/cinco-pontos-abordar-morte-sala-aula-567951.shtml.

Para enfrentar o luto. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/6580686/Para-Enfrentar-o-Luto.

Para saber mais, leia:

terça-feira, 21 de junho de 2011

Comunicação

Para minha amiga Nara,
com quem aprendi muito
e a quem admiro muitíssimo!

É lindo... Tão lindo quanto a inocência de uma criança pequena, e a sua força amiga.

Comunicação
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Nós: homo sapiens (indivíduos sábios?) precisamos muitas vezes da ingenuidade das crianças para entender coisas simples e importantes, tal como o conceito de inclusão.
Incluir não é discurso culto e preparado,
não é política pública de garantia de igualdade,
não é direito de minoria.
Incluir é atitude de criança, que em uma inocência (fantástica) percebe que a alegria da vida está em ser diferente.

O Som do Silêncio

Como deve ser o universo de quem vive em silêncio?

Quantas Amandas ainda existem?
Elas são ouvidas? São amadas?
Nos comunicamos com elas?
Ouvimos como elas ouvem?
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O Som do Silêncio
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A Surdez não nos Impede de nos Comunicarmos


Falar para nós é sempre sinônimo de voz, tom, timbre e comunicação. Mas...
Sabemos nos comunicar?
Somos inclusivos, na comunicação?

Um bom exemplo a ser seguido é o do Fábio, veja a reportagem do Jornal da Globo. E, a seguir outras reportagens interessantes.
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Um exemplo de dedicação: A surdez não impediu que Fábio se destacasse como aluno e profissional

Fábio fala com as mãos e ouve com as mãos dos outros. É professor da língua brasileira de sinais. Ensina alunos que, como ele, são surdos. Para Gabriela, Fábio é uma inspiração. "Ele nos estimula, nos incentiva para que nos desenvolvamos como pessoas. Quer que a gente aprenda mais, se preocupa conosco".

Com a ajuda de um intérprete, Fábio nos conta que teve que superar obstáculos. O maior deles, estudar desde criança em uma escola regular. Mas Fábio tinha muita vontade de aprender. (g1.com)
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Inclusão de alunos surdos em salas de aula de alunos que ouvem
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Para saber mais, veja:

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Período Preparatório para Leitura e Escrita? E seus Equívocos

         Dia 02 de junho escrevi um post com o tema Educação Infantil não é Lugar de Preparação para a Alfabetização, e hoje após conversar com uma professora da Educação Infantil me inquietei novamento com o assunto.
         A professora estava inquieta com  as atividades que viera no material apostilado. Tal fato me deixou muito feliz. Ela havia percebido o equívoco com o entendimento acerca da leitura e escrita ali presente. E perguntou-me:
         - Posso retirar essa quadrinha e dar esta ficha de leitura para os meus alunos [pré II - 05 anos]?
         Eu questionei-a, como resposta:
         - Qual o objetivo desta atividade para seus alunos?
         No embate pedagógico (muito rico por sinal) percebemos ser necessário uma formação continuada nesta área. Assim, iniciei imediatamente a procura de material para este fim e logo de início encontrei o vídeo: Tudo em 6 Minutos - O Processo de Alfabetização da revista Dinâmica, o qual compartilho convosco mais a frente.

         O vídeo fala do entendimento da alfabetização no contexto atual como processo cognitivo. Apresenta alguns equívocos do passado (mas será que é passado mesmo?) quando o entendimento dizia que era algo a acontecer no término de um ano e relembra os métodos. Na análise a professora apresenta o período preparatório para a alfabetização por meio do exemplo do Teste ABC (anos 50 e 60); a crença que havia de que "[...] a criança não tinha todo o potencial para aprender a leitura e a escrita"; o período preparatório e o treino que se propunha aos pequeninos antes de serem alfabetizados.
         Segundo a apresentadora o teste ABC era um "terror", e se a caso a criança não passase deveria ficar um ano treinando para depois ser alfabetizada, e esse era o tal período preparatório. As mães, então, descobriram onde comprar tal teste e começaram a treinar seus filhos e foi assim que tal equívoco se findou.
         Mesmo já constatado que não é função da Educação Infantil preparar o aluno para alfabetização, é muito importante que o professor entenda as questões apresentadas no vídeo para então não cair nas armadilhas da pré-alfabetização (ou pré-escolarização) na escola infantil. O professor precisa conhecer a Psicogênese da Língua Escrita e as Fases do Desenvolvimento para então ter condições de avaliar as atividades a serem aplicadas na Educação Infantil e tornar a aprendizagem da leitura e escrita um processo.
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Tudo em 6 Minutos - O Processo de Alfabetização
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Curiosidade: 
No cenário demarcado por este movimento [o Escolanovismo] Lourenço Filho publicou a obra "Testes ABC - para a verificação da maturidade necessária à aprendizagem da leitura e da escrita". Obra publicada pela primeira vez em 1933 [...]. Não reunia provas originais, ao contrário, agrupavam testes e técnicas bem conhecidas.
Num primeiro momento, compunham uma série de vinte e dois exercícios. À medida que estes foram sendo experimentados, houve uma redução dos exercícios, passando então para oito os pontos de análise, que foram esboçados e deveriam ser observados na hora da aplicação dos testes.
As oito provas verificavam, de acordo com o autor, os seguintes índices de maturidade, considerados necessários ao aprendizado da leitura e da escrita: 1. coordenação visual motora; 2. resistência à inversão na cópia de figuras; 3. memorização visual; 4. coordenação auditivo motora; 5. capacidade de prolação;   6. resistência à escola; 7. memorização auditiva; 8. índice de fatigabilidade; 9. índice de atenção dirigida; 10. vocabulário e compreensão geral (LOURENÇO FILHO, 1962, p. 57). Os testes mediam a "maturidade" das crianças para o exercício da  leitura e da escrita e cujos resultados permitiam classificar as crianças em grupos com o mesmo nível, ou seja: fortes, médias e fracas. (RABELO, p. 3. Grifo Nosso)
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(Re)leia: Educação Infantil não é Lugar de Preparação para a Alfabetização.

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Para saber mais, leia:
Métodos de alfabetização. Disponível em: <http://www.alfaebeto.org.br/AreaDetalhe.aspx?Id=37>.
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RABELO, Giani. Testes ABC: a alfabetização em um jardim de infância. Disponível em: http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem12/COLE_4385.pdf.

domingo, 19 de junho de 2011

Hora da Chamada: um momento de autonomia

À nossa eterna Branca de Neve.

           Como são as nossas memórias. Falava a pouco com uma amiga de uma amiga (que já conhecia de vista, mas que hoje veio a minha casa) e ai fui surpreendida como uma boa lembrança. Algo interessante que ela disse a respeito da dificuldade que estava tendo com seu filho de 06 anos me fez lembrar de Danielle.
           Danielle é uma amiga pedagoga que conheci a algum tempo. Bonita e jovem. Mas, a sua maior qualidade não era a jovialidade e a beleza física e sim a beleza enquanto pedagoga.
           E o que seria essa tal beleza enquanto pedagoga? Para mim era sua inteligência. Apesar de muito jovem sua responsabilidade para com a aprendizagem das crianças da pré-escola me chamou a atenção desde o início.
           Muitas foram as atividades interessantes que ela planejava, mas uma delas me chamou muito mais atenção. E, foi uma atividade permanente de todo o processo educacional, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior: a chamada.
           O jeito como ela propuzera algo tão corriqueiro e do cotidiano de qualquer professor, além de cumprir sua função ainda contribuia para construção da autonomia das crianças. E a proposta era assim...
           Todo final de mês a via com uma cartolina, riscando pra lá e pra cá. Fazendo colunas, quadriculando o papel. E escrevendo na primeira coluna os nomes da turma, depois em frente a ela havia um monte de quadradinhos, espaços que ficam em branco.
           Certo dia não aguentei a curiosidade e perguntei o que ela ira fazer com tal cartaz. Ela me disse que iria fazer a chamada da turma.
           Uma atividade corriqueira, então se transformava numa Chamada Interativa, que de maneira prazerosa e interdisciplinar atingia vários objetivos. No desenrolar da conversa soube que além de cumprir com o seu papel burocrático (de registro da presença dos pequenos) esta contemplava os eixos: Identidade e autonomia; linguagem oral e escrita e matemática.
           O ato de autonomia estava no fato da própria criança colar no quadrinho correspondente ao dia do mês um símbolo que representava sua presença; a linguagem oral era contemplada nas várias possibilidades de identificação e leitura do nome próprio, que poderia ser realizada pela professora ou pelos próprios alunos. A linguagem escrita era contemplada no ato do registro da presença feito pelo próprio aluno. A oralidade se consolidava nas análises dos dados quantitativos ali levantados. E a matemática era contemplada no momento do registro e da oralidade, que serviam de análise da presença de cada aluno da turma nas aulas.
           E foi assim que percebi que uma simples atividade burocrática pode se transformar em ricos momentos de aprendizagem nas mãos de uma pedagoga criativa.
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Curiosidade:
           A tecnologia independente: Quadro-de-pregas também contribui para uma chamada interativa, basta que o professor planeje bem o seu uso.

Para saber mais, leia:
SIGNORETTI, Adriana Elizabeth Risi Simões; MONTEIRO, Keila Klink; DIAS, Lobélia Maria D. de Oliveira; DAVÓLIO. Rosemary A. Cunha; LÉSSIO, Silvana de Freitas. Rotina escolar: orientações para o professor e aluno organizarem suas atividades diárias. Disponível em: <http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-alfabetizar-letrar/lecto-escrita/sugestoes/rotina%20-escolar.pdf>.

AROEIRA, Maria Luísa C.; SOARES, Inês B. & MENDES, Rosa Emília de A. Didática de pré-escola: vida criança: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996.

MORANGON, Cristiane. Um quadro de rotinas. Revista Nova Escola. Edição nº 160. São Paulo: Editora Abril, março, 2003.

SANT’ANA, Ruth B. Rotina e experiências formativas na pré-escola. GT: Educação de crianças de 0 a 6 anos. nº 07. Tese (Doutoramento em Psicologia Social). Pontícia Universidade Católica, São Paulo, 2002.

SIGNORETTI, A. E. R. S.; MONTEIRO, K. K & DAVÓLIO. R. A. C. Rotina escolar: orientações para professor e aluno organizarem as atividades diárias. Revista do professor. Porto Alegre, jul./set. 2000.

PEDAGÓGICCOS. Rotina escolar: orientações para a organização das atividades diárias. Disponível em: <http://pedagogiccos.blogspot.com/2008/09/rotina-escolar.html>.

Hora da Chamada

Sequência Didática
Hora da chamada

Faixa etária: 4 e 5 anos

Conteúdo: Linguagem oral, leitura e escrita

Objetivos
• Realizar a leitura do próprio nome e do de alguns colegas.
• Reconhecer as letras.
• Escrever o próprio nome.

Tempo estimado:
Até que todos aprendam a escrever seu nome e reconhecer o dos colegas.


Material necessário
Caixa de sapato, cartaz de pregas, fichas com o nome das crianças, alfabeto (com letras maiúsculas e de fôrma) e letras móveis.

Desenvolvimento

1ª ETAPA
Coloque as fichas com os nomes na caixa. Organize os pequenos em roda e explique que são os nomes deles que estão nas fichas. Lance o desafio: "Vamos descobrir quem veio e quem não veio?" Pegue uma ficha e incentive-os a ler. Quando o nome for identificado, a criança prega a plaquinha no cartaz.

2ª ETAPA
Incentive as crianças a arriscar a primeira letra. Avance para as outras usando como referência o nome de outros colegas. Por exemplo, se na ficha estiver grafado "Amanda", conduza a discussão indicando que a palavra começa com o mesmo A de "Ana" e de "Amélia".

3ª ETAPA
Utilize estratégias para diversificar a atividade. Para alguns nomes terminados em A e O, revele a última letra e pergunte: "É de menino ou de menina?" Para nomes parecidos - Rodrigo e Rogério, por exemplo -, revele as duas primeiras letras e vá explorando as diferenças no resto da palavra. Em outros, como Maria e Mariana, é possível ainda comparar os diferentes tamanhos dos dois.

4ª ETAPA
Após a leitura, distribua a cada um a ficha com seu nome. Peça que todos reproduzam o que está escrito com o alfabeto móvel. O processo deve ser auxiliado com questionamentos: "Tem certeza de que é essa letra?" ou "A letra está do ‘lado’ correto?" Observe as crianças que não precisam mais do modelo na hora de escrever.

5ª ETAPA
Proponha que as crianças escrevam o próprio nome em seus desenhos e outras atividades. Sempre que houver confusões entre letras parecidas (o S e o Z, por exemplo), oriente os pequenos a consultar o alfabeto fixo acima do quadro para tirar dúvidas.

Avaliação
Durante toda a atividade, observe as muitas tentativas de escrita. Contemple a diversidade da classe. Para estimular quem já aprendeu a escrever o nome, proponha que passe para o nome de um colega - com ou sem o auxílio das fichas, dependendo do caso.

Retirado de:
Nova Escola: Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/hora-chamada-450631.shtml.