terça-feira, 31 de maio de 2011

A reorganização do espaço da sala de educação infantil: Teoria Histórico-Cultural

          Pensar na reorganização do espaço das salas de Educação Infantil é pensar na criança. É dar condições para que o processo ensino-aprendizagem aconteça de acordo com os objetivos destinados a essa estapa da educação formal e permitir o desenvolvimento integral dos pequeninos. É entender que o espaço físico e cada disposição de móveis, objetos e materiais pode - ou não - contribuir com este momento ímpar.

Fonte: Nova Escola

          E, ao me sentir tão incomodada com a falta de cuidado com a construção das creches e pré-escolas, que tenho visto, e com a organização das salas de educação infantil com base em modismos e ideologias do mundo neo-liberal (com o uso de personagens de desenhos comerciais) compartilho convosco algumas falas da dissertação intitulada "A reorganização do espaço da sala de educação infantil: uma experiência concreta à luz da Teoria Histórico-Cultural" de Eliza Revesso Vieira, mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciência "Julio de Mesquita Filho", campus de Marília.

A reorganização do espaço da sala de educação infantil: uma experiência concreta à luz da Teoria Histórico-Cultural
Eliza Revesso Vieira

          Inicio fazendo referência a uma citação de Ana Lucia Goulart de Faria apud Eliza Revesso Vieira que relata que quando a organização da sala infantil esta adequada, ela permite:
a) o direito à infância sem antecipar a escolaridade do ensino fundamental (no entanto, sem esquecer da necessidade de levar em conta a continuidade destes segmentos da educação das crianças principalmente daquelas de 0 a 10 anos);
b) um ambiente educativo que contemple a indissociabilidade do cuidado/educação das crianças pequenas;
c) o respeito aos direitos fundamentais das crianças; (FARIA apud VIEIRA, p.21)
          Vieira relata: "[...] a infância hoje é resultado de processos políticos e econômicos, ou seja, a globalização causa efeitos contraditórios e complexos na identidade da infância contemporânea." (2009, p. 15). E, que este paradoxo entre crianças no trabalho e presa em espaços que as tornam consumidoras.

Portanto, hoje temos crianças exploradas no trabalho infantil ou abandonadas vivendo nas ruas e, por outro lado, enclausuradas e isoladas nas casas assistindo televisão, jogando vídeo game ou usando o computador, frequentando escolas com estruturas rígidas, maçantes e com numerosas tarefas resultantes de aulas de idiomas, música, crianças com a agenda cheia de compromissos com aulas de natação, balet e judô. (VIEIRA, 2009, p. 15)
          Todo esse excesso de atividade serve à permanência de uma sociedade capitalista, globalizada, e não as necessidades infantis. Por isso, "[...] a escola de educação infantil tem-se tornado um espaço necessário para o cuidado e educação das crianças pequenas e pode se tornar uma garantia do direito à infância e a melhores condições de vida coletiva entre pares". (VIEIRA, 2009, p. 16)
          Garantir os direitos da criança também é pensar numa arquitetura que contribua para o seu desenvolvimento pessoal e social.
Deste ponto de vista é importante pensar em espaços que asseguram as diferentes formas de brincar, possibilitando que a brincadeira seja vivida como experiência de cultura e como elemento fundamental para o desenvolvimento das potencialidades e habilidades das crianças. (VIEIRA, 2009, p. 16)

          Vieira nos diz que " Neste sentido, o espaço físico é visto por teóricos como Edwards, Gandini e Forman (1999), Faria (2000), Galardini e Giovannini (2002), Rinaldi (2002) e Russo (2007) como elemento fundamental para possibilitar interações sociais entre crianças e seus pares e com adultos, como um local para transmissão da cultura, brincadeira e desenvolvimento pleno. (2009, p. 16)           Por isso, conforme Rinaldi

          A escola infantil tem que permitir que a criança se sinta parte. Enquanto instituição de formação do homem cabe a ela dar condições para que o homem se identifique e se sinta parte dela.
O ambiente escolar deve ser um lugar que acolha o indivíduo e o grupo, que propicie a ação e a reflexão. Uma escola ou uma creche é antes de mais nada, um sistema de relações em que as crianças e os adultos não são apenas formalmente apresentados a organizações, que são uma forma da nossa cultura, mas também a possibilidade de criar uma cultura. [...] É essencial criar uma escola ou creche em que todos os integrantes sintam-se acolhidos, um lugar que abra espaço às relações. (2002, p. 77 apud VIEIRA, 2009)
           Sob esta ótica, as instituições de educação infantil devem organizar o espaço de modo que priorizem os objetivos pedagógicos e ao mesmo tempo contemplem a diversidade cultural, visando combater aquelas formas de atividade que se cristalizam na educação das crianças pequenas e que pretendem ser as únicas e certas discriminando as outras tantas.
           Esse espaço não pode ser uma estrutura rígida e uniforme. Precisa ser pensado, bem organizado a fim de propiciar a participação e a autonomia infantil.
           Ao definir o espaço o professor deve priorizar "[...] o autoconhecimento, a autonomia e o desenvolvimento das habilidades, cognitivas, afetivas, social e cultural, [...] (VIEIRA, 2009). Mas, para que isso aconteça é preciso que ele favoreça a interação das crianças maiores com as menores e com as com necessidades especiais.

           Para Faria (2002), segundo Vieira, é importante considerar a flexibilidade para a criança poder escolher a atividade que vai realizar e para a distribuição das crianças em pequenos grupos. (2009, p. 20).
           Assim, a organização deve estimular e provocar autonomia da criança, criando locais amplos, que permitam liberdade de movimento. "Tudo deve estar ao alcance das crianças [...]" (VIEIRA, 2009, p. 20). Os espaços devem estar organizados para promover "[...] um melhor tempo e a realização das atividades. Deve-se encorrajar as atitudes das crianças, fazendo-as sentir-se parte do espaço.

É importante que a organização espacial demonstre seu respeito às crianças pela forma como está arrumada e conservada. Para isso, os trabalhos realizados pelas crianças devem estar em exposição. A primeira preocupação com as reformas na creche deve ser a de melhorar os espaços usados pelas crianças. Para garantir que elas tenham direito ao contato com a natureza, a creche precisa ter plantas e canteiros em espaços disponíveis; as crianças devem ter direito ao sol; direito a brincar com água, areia, argila, pedrinhas, gravetos e outros elementos da natureza; devem ter oportunidade de visitar parques, jardins e zoológicos. (VIEIRA, 2009, p. 22)


EM CONSTRUÇÃO!!!!!!!!!

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Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
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Referência:
VIEIRA, Eliza Revesso. A reorganização do espaço da sala de educação infantil: uma experiência concreta à luz da Teoria Histórico-Cultural. Marília, 2009. 123 f. Disponível em: <http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/Educacao/Dissertacoes/vieira_er_me_mar.pdf>.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Espaço na Pré-escola

          Hoje, navegando pela Internet, lembrei-me das minhas angústias em relação a construção de escolas, do espaço físico mais especificamente e seus usos para/na educação infantil. Lembrei-me, também, que tais inquietudes advinha de outros momentos e de observações in loco, por mim realizadas. Então, não pude me furtar de compartilhar com vocês tal fato e de falar da importância de se pensar o espaço físico da escola infantil e do entendimento e, por que não dizer, do aproveitamento que se faz dele nos dias atuais.
 
Sala de aula com «cave seat» (nicho), Galilee Catholic Learning Community, Russell & Yelland Architects

A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir; não como ilhar e prender;
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e teto.
O arquiteto: o que se abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.
[...]
MELO NETO, João Cabral de. Fábula de Um Arquiteto,
A Educação pela Pedra. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1996. p. 36.


          Este aspecto me chamou a atenção quando no ano de 2009, enquanto supervisora de estágio do curso de Pedagogia, parei e observei algumas escolas e a decoração de algumas salas de aula. Ao visitar escolas, pertencentes a rede pública e privada, percebi que indiferente do sistema de ensino a que elas pertenciam havia similaridades em sua constituição. No entanto, alguns espaços não fora pensados para propiciar a aprendizagem significativa e tão pouco propiciava o desenvolvimento de atividades lúdicas, mas sim haviam sido pensadas com base no número de alunos que ali poderia ser atendido, sentados em suas carteiras enfileiradas; e em decorações que seguem modismos veiculados pelos meios de comunicação de massa.
          Neste momento começava não uma, mas sim um turbilhão de inquietudes a respeito da "magia" que se cobra do professor da Educação Infantil durante sua atuação; na forma utilizada na construção da escola infantil; da grande quantidade de cimento, cal e tijolo ali empregados; nas incoerências que se há quando o espaço escolar passa a atender uma demanda de mercado em detrimento dos seus reais objetivos.
          Assim, iniciei a externação de minhas inquietudes ministrando uma oficina sobre a construção de um ambiente alfabetizador com o uso do EVA. Mas, só esta atitude fora pequenina demais frente ao que sentia. Sabia que decorar paredes com foco na aprendizagem e pensando em seu uso social ainda era pouco.
          Quanto mais observava os prédios, as escolas, mais pensava:
          - Se na infância é tão importante a vivência do lúdico, o contato com a diversidade e o meio ambiente, como pode os prédios escolares serem tão frios e trazerem em sua constituição tão pouca tal ludicidade?
          E, hoje ao deparar-me com o vídeo O Espaço na Pré-escola", não resisti em compartilhar convosco tais inquietudes. Ah! Lembro-me também de um trabalho de TCC que falava sobre o ambiente alfabetizador na pré-escola e apontava os aspectos estruturais necessário para que as escolas infantis se tornassem realmente ambiente de aprendizagem significativa e prazerosa.
          Abro agora uma ressalava a respeito do termo "Ambiente Alfabetizador". Ressalto que o termo aqui empregado não deve ser entendimento como função da pré-escola preparar o aluno para o Ensino Fundamental, ou seja, tornar-se uma etapa preparatória para um nível superior, um momento de ensino propedêutico. Mas, sim desta como um espaço para que as práticas da infância possam culminar numa aprendizagem significativa para as crianças pequenas, segundo os objetivos destinados a elas.
          Assim, compartilho convosco o vídeo "O Espaço na Pré-escola", da série Educação Infantil, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=J7aX-yhk0So e que por meio de um resgate da história da escola Dom Pedro I, situada no Bairro do Ipiranga, da cidade de São Paulo, demonstra a importância de uma escola pensada, com espaços atrativos e divertidos para as crianças. Escola esta construída sob a preocupação da década de 1930 (já que ela é de 1935), onde a Escola Nova acreditava na necessidade da higiene mental; com muros de pilastras que dão a sensação de escola aberta, e de não confinamento. E, assim o espaço é entendido como um elemento curricular.
          No vídeo a prof.ª Rivânia Kalil Duarte, diretora da Escola Dom Pedro I e pesquisadora, afirma que
          - "[...] o espaço é muito mais importante do que a gente pensa, porque ele não é só um apoio, ele não é só um elemento que favoreçe a aprendizagem, mas ele tem seu o propósito, ele é um elemento curricular".
          E a prof.ª Gisela Wajskop reitera e diz que Rivânia "[...] aponta uma ideia muito importante a ser discutido entre os professores em qualquer escola, que é o papel do espaço na educação das crianças pequenas. As crianças pequenas constróem sua personalidade, a sua identidade, na mediação com os outros, em primeiro lugar, mas no lugar onde elas vivem."
          Rivânia diz mais:
          - Um espaço totalmente cimentado ele vai ajudar determinar que atividades vão ser desenvolvidas lá. Como esse espaço, dessa escola, que é jardinado, tem campo de areia, muitos brinquedos. A hora que as crianças saem ele mesmo convida, ele mesmo já propõe.
          E... finalmente inicio, uma discussão em relação a este tema. Com a espera que um novo olhar se inicie também para a construção da escola infantil, respeitando as especificidades deste momento, orpotunizando novos espaços para a construção do saber, e sabendo que o espaço interfere diretamente na aprendizagem da criança.

Para saber mais, leia:
Arquitetura Escolar e Aprendizagem Criativa. Disponível em: <http://germinai.wordpress.com/2009/02/16/arquitetura-escolar-e-aprendizagem-criativa/>.

Para saber mais, veja:
          Organizacao do Espaço e do Tempo. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Gdg2j_Y-BsQ&feature=related>.
         


Arquitetura para aprender conceitos

quarta-feira, 21 de julho de 2010Arquitetura para aprender conceitos

A escola contemporânea é o ponto de encontro dos jovens e destes com a cidadania. Na nova escola estamos preocupados não só com o conhecimento, mas com a construção de uma Cultura.


Novas tecnologias estão revolucionando os processos de transferência do conhecimento. O acúmulo de conhecimento não é mais lento e penoso e sim instantâneo e abrangente. É preciso ficar atento aos processos de globalização, a internet, etc.


A sala de aula irá mudar radicalmente nos próximos anos, tanto quanto já mudaram as relações de trabalho, emprego e trocas. A boa arquitetura e a boa escola transcendem ideologias, governos, e deixam gravado nos nossos corações, o lugar, as suas proporções, seus cheiros e a saudade dos momentos agradáveis ali vividos.


A escola é um importante ponto de encontro e local de construção de sólidas relações sociais, que duram a vida toda, esses colegas de infância nos acompanharão pela vida construindo também o País.
Arquiteto Paulo Sophia
 
Disponível em: <http://www.arqbrunafernanda.blogspot.com/>.

domingo, 29 de maio de 2011

Informática na Educação Infantil

Para o meu amigo Agnaldo, pela garra e competência;
À sua mãe, por ter criado dois filhos tanta propriedade.

           Surpresa! Vamos começar esta conversa sobre informática falando de poesia! Da poesia de um dos nossos maiores poetas, Carlos Drummond de Andrade, que, em um dos seus versos mais famosos, escreve o seguinte:
"Mundo mundo vasto mundo..."
Pedindo licença ao poeta, nos dias de hoje até poderíamos dizer:
Mundo, mundo,
vasto mundo
virtual...
 Ziraldo                                                    

           A inserção das tecnologias no contexto educacional não é algo novo, porém o trabalho efetivo em sala de aula ainda é discutível. As práticas esbarram nas inúmeras dúvidas do "como fazer?". O uso do computador - em inúmeros casos - fica delegado a algumas poucas atividades no laboratório de informática e em sua maior parte estas destinam-se ao aprendizado do funcionamento da máquina, suas partes e alguns softwares aplicativos, às famosas aulas de informática.
           Contudo, não é esta a função da Informática na educação, muito menos na Educação Infantil. O computador deve ser visto como ferramenta pedagógica e seu trabalho deve ter como foco a resolução de problemas, por meio de atividades significativas e que fazem parte das práticas sociais a quem se destina. Mas, para isso é preciso que o professor seja capacitado e durante este processo [...] os responsáveis pela formação se apropriem de recursos tecnológicos e reformulem espaços, tempos e organizações curriculares. (FAGUNDES, s/p.).
           No dia-a-dia os professores percebem a importância da inserção destas Tecnologias: computador e internete, na sala de aula, no entanto, a falta de formação acaba por atribuir aos laborátios de informática o entendimento de que este espaço serve para a aprendizagem nos moldes tradicionais, com base na aprendizagem da microinformática calcada em exercícios e material apostilado. Porém Léa Fagundes em entrevista a revista Nova Escola, diz que a escola precisa se tornar um local de efetiva inclusão digital, já que "O computador não é um simples recurso pedagógico, mas um equipamento que pode se travestir em muitos outros e ajudar a construir mundos simbólicos."  Ainda, segundo a autora:
            Na Educação Infantil isso não pode ser diferente. O professor precisa perceber que por mais pequena que seja, a criança do século XXI já nasce rodeada de tecnologias e estas fazem parte do cotidiano dela; e a ousadia e curiosidade infantil fazem-na não ter medo de lidar com tais aparatos.
A escola formal tem privilegiado essa concepção: é preciso preparar a pessoa para que ela aprenda. Mas o ser humano está sempre se desenvolvendo. Assim, as instituições também estão constantemente em processo. Por isso, a escola não precisa se preparar. Ela começa a praticar a inclusão digital quando incorpora em sua prática a idéia de que se educa aprendendo, quando usa os recursos tecnológicos experimentando, praticando a comunicação cooperativa, conectando-se.
           Mas, se não há um modelo pré-definido a ser seguido, como o professor da Educação Infantil pode se portar frente ao uso dos computadores e da internet em sala de aula? Como fomentar uma prática coesa? Fagundes aponta o caminho ao afirmar:
Os professores em formação necessitam desenvolver competências de formular questões, equacionar problemas, lidar com a incerteza, testar hipóteses, planejar, desenvolver e documentar seus projetos de pesquisa. A prática e a reflexão sobre a própria prática são fundamentais para que os educadores possam dispor de amplas e variadas perspectivas pedagógicas em relação aos diferentes usos da informática na escola.
            E aqui abro um parêntese para dizer que não há nenhuma incoerência em dizer "os professores em formação", já que a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394) diz ser a escola um espaço para formação continuada para os profissionais da educação que dela fazem parte.
            A tecnologia precisa ser incorporada de forma natural ao processo de ensino aprendizagem, para ganhar status de material básico de ensino, ser uma ferramenta a mais para ensinar, segundo Pires, já que a criança pequena a vê assim. O computador não substitui outras atividades específicas da Educação Infantil, dentre elas as que usam papel, lápis de cor, giz de cera, tinta guache, entre outros e nem tão pouco pode ser visto como um fim em si mesmo, mas como uma ferramenta que se relacionará com conteúdos da escola infantil.
            O próprio Bill Gates disse: "Se tivesse que dar um único presente a meu filho, daria um livro. [...] É bom ter em mente que os cálculos para a produção dos computadores que tanto nos fascinam hoje foram feitos apenas com lápis e papel."           Por isso, as fases do desenvolvimento devem ser respeitadas, os aspectos afetivo e social contemplado na rotina e o ensino deve ser proposto com base nos objetivos da educação infantil, a fim de que a aprendizagem se efetive. "E assim [finalizo com as palavras de Pires:], intercalando atividades tradicionais com outras, que usam o computador como o aliado, os pequenos da pré-escola adquirem conhecimentos".


Referências:
PÍRES, Alaíde. Computadores na pré-escola. Nova Escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/computadores-pre-escola-556251.shtml>. Acesso em: 27 mai. 2011.

SALLA, Fernanda. 13 perguntas e respostas sobre computadores na pré-escola: por que e como incluir o uso do computador de maneira adequada na rotina da criançada. Nova Escola. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/10-perguntas-respostas-computadores-pre-escola-611908.shtml?page=1. Acesso em: 20 mai. 2011.

Curiosidade:
           Inclusão Digital não é só o amplo acesso à tecnologia, mas a apropriação dela na resolução de problemas.

Dicas de Atividades:
Pesquisa sobre as baleias na internet. Faixa etária: 4 e 5 anos. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/pesquisa-baleias-internet-611926.shtml.

Jogos para baixar:
15 Jogos  para trabalhar na Educação Infantil: prontos para Download Now in: http://www.4shared.com/file/7aU34x89/15_Jogos_Educativos_-_Quebra-C.html.


Para saber mais, leia:
           Entrevista com Léa Fagundes sobre a inclusão digital. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/planejamento-e-financiamento/podemos-vencer-exclusao-digital-425469.shtml>.
           O Computador no Jardim de Infância. Disponível em: <http://sites.google.com/site/pcerveira30/home>.

Literatura Infanto-juvenil:
           ZIRALDO. Livro de Informática 2 do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2008.
           FERNANDEZ, Vicente Paz; YOUSSEF Antonio Nicolau; GISÉ, Agostinho. O Jogo das Invenções: a história do computador. 7. ed. São Paulo: Scipione, 1996.


Nove Dicas para Usar Bem a Tecnologia


O INÍCIO Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.

O CURRÍCULO No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.

O FUNDAMENTAL Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.

O ESPECÍFICO Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.

A AMPLIAÇÃO Para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (programa de inclusão digital do MEC) são boas opções.
O AUTODIDATISMO A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.

A RESPONSABILIDADE Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.

A SEGURANÇA Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.

A PARCERIA Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.

Fontes: Adriano Canabarro Teixeira, especialista de Educação e tecnologia da UFRGS, Maria de Los Dolores Jimenez Peña, professora de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Da Universidade Mackenzie, e Roberta Bento, diretora da Planeta Educação.

Para saber mais, leia:
          Um guia sobre o uso de tecnologias em sala de aula: um painel para todas as disciplinas mostra quando - e como - as novas ferramentas são imprescindíveis para a turma avançar. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/223_materiacapa_abre.shtml>. Acesso em: 29 mai. 2011.

Crônica da (crônica) informatização escolar

Sempre acanhado, uso do computador no ensino é tido como precário pela própria secretaria paulista de Educação, que promete (de novo) revolução nos próximos anos

Gustavo Heidrich (novaescola@atleitor.com.br)

O pedido era simples. Que a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo apontasse uma escola referência no uso dos computadores no Ensino Fundamental. A resposta demorou, mas chegou. Só que não trouxe apenas um endereço, um telefone e o nome de um diretor. Funcionou também como uma fotografia do difícil quadro em que se encontra a inserção dessa tecnologia no trabalho do professor. A sugerida E.E. D. Cirene Laerte, no Jaçanã, na capital, apesar de ser o "cartão de visitas do governo", está longe de ser um exemplo.

"Não usamos o laboratório de Informática há pelo menos dois anos. A maioria dos professores não tem familiaridade com o equipamento, nem sabe como fazer um projeto didático para uso dos PC’s. Isso sem mencionar que são 12 máquinas para turmas que têm pelo menos 40 alunos, sem manutenção nem auxílio técnico. O professor tem de fazer tudo, de pensar na aula a ligar cada computador", contou uma professora da unidade.
 
Já o diretor da escola, Edílson Henrique Marques, reclama da falta de orientação. "Faz muita falta um professor específico para coordenar o uso dos computadores, tanto na parte técnica quanto na pedagógica. Na prática, os educadores ficam com receio de usar o equipamento e não levam seus alunos ao laboratório. Só aqueles que já têm familiaridade com a informática se sentem mais à vontade. Na manutenção, não temos recursos próprios e ficamos na dependência da diretoria de ensino ou da boa vontade da comunidade local", diz.
 
A titular da pasta da Educação em São Paulo, Maria Helena Guimarães, afirmou recentemente que 97% das 5.500 escolas da rede paulista possuem laboratórios de Informática e 80% têm cobertura de internet banda larga. “Mas as salas de informática ficam sem manutenção. Eu mesma visitei a Escola Estadual Carrãozinho 3 (na zona leste paulistana) e encontrei pilhas de computadores parados porque não havia quem os instalasse", contou ela, que já anunciou mudanças na gestão, além do lançamento do programa Acessa Escola, que promete ser uma inovação no setor.
 
Mas os diagnósticos de que a estrutura vai mal são vários. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) realizou um levantamento entre abril e maio nas escolas com melhores e piores médias no Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), criado pela rede estadual para definir metas de qualidade. Segundo dados obtidos com exclusividade por NOVA ESCOLA, dos diretores da 379 unidades com pior índice, 12% afirmaram que os laboratórios de informática não estavam funcionando.
 
Uma análise da Fundação para Desenvolvimento da Educação (FDE), instituição ligada à Secretaria Estadual de Educação e responsável pela infra-estrutura das escolas paulistas, aponta que dos cerca de 75 mil computadores utilizados pela rede pública, 10 mil apresentam problemas de funcionamento de diversas ordens.
 
"Nos últimos anos, não havia centralização nem um sistema de manutenção dos computadores. Tudo ficava a cargo de cada uma das 90 diretorias de ensino, que tinham de dar conta de suas escolas. O resultado eram 30 a 50 contratos com empresas diferentes para dar suporte técnico aos laboratórios. Era impossível controlar a qualidade desse serviço", admite Fábio Bonini de Lima, presidente do FDE.

Segundo ele, tampouco existia organização para a compra dos computadores. "As aquisições eram feitas a golfadas, quando havia verba. Eram adquiridos computadores de até quatro fornecedores diferentes", afirma. Como cada fabricante oferece uma garantia diferente, quando os computadores quebram é preciso identificar a procedência para depois iniciar o processo de atendimento.

Outra complicação eram as máquinas enviadas às escolas pelo Ministério da Educação e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). "Os computadores chegavam, mas o MEC não se encarregava da instalação. Assim, muitas vezes eles acabavam empilhados", explica Lima.


HEIDRICH, Gustavo. Crônica da (crônica) informatização escolar. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/cronica-informatizacao-escolar-425478.shtml>. Acesso em: 29 mai. 2011.





quinta-feira, 26 de maio de 2011

ARTE: há necessidade de repensá-la na Educação Infantil?

A arte é um dos meios de comunicação e expressão
do ser humano que revela sua convicção profunda de
criar, além de ser uma atividade que proporcionou grandes
avanços técnicos, relacionados às invenções de utensílios
e materiais como as ferramentas, os suportes e os
pigmentos de tintas, entre outros.
(ProFuncionário, 2007, p. 15)

         A Arte, com sua imensa possibilidade de intervenções, precisa ser repensada no contexto da Educação Infantil. Quanto mais estudamos a respeito desta linguagem, mais nos deparamos com realidades que não a apreciam.
         Digo que não a apreciam por que reduzem-na a simples atividades manuais, aulas práticas, que em vez de possibilitar um olhar diferenciado sobre as diversas formas de expressão que o homem construiu em sua vivência, reduzem-na a um simples saber fazer, baseado em atividades prontas e repetitivas que limitam o entendimento e o olhar infantil.
         Pensar no trabalho com a linguagem artística é:
         - repensar o fazer pedagógico;
         - rediscutir seu papel e importância em sala de aula e lhe dar um novo espaço no contexto escolar;
         - admitir que a prática, o simples ato de fazer algumas atividades manuais - as atividades de recorte e colagem por exemplo - não conseguem nem ao menos se aproximar dos objetivos a que ela se pretende.
         Entender o significado e os objetos da Arte na Educação Infantil, então, precisa ser o primeiro passo para que possamos fazer um trabalho de qualidade.

Fonte: Revista Nova Escola

Curiosidade: O sistema educacional não exige notas em artes porque arte-educação é concebida como uma atividade, mas não como uma disciplina de acordo com interpretações da lei educacional 5692 (Ana Mae Barbosa).

Dicas de Atividades: Exploração de Texturas e Melecas. Faixa etária: 0 a 3 anos. In: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/exploracao-texturas-melecas-creche-626806.shtml .
                                   Linguagem Teatral na Pré-escola. Faixa etária: 4 e 5 anos. In: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/linguagem-teatral-pre-escola-educacao-infantil-teatro-imaginacao-mimica-545989.shtml


Para saber mais, leia: A Arte no Contexto Escolar: um espaço de exercício da cidadania, e nela, de alteridade de Alice Fátima Martins. In: http://www.universoneo.com.br/edinclusiva/a-arte-no-contexto-escolar-um-espaco-de-exercicio-da-cidadania-e-nela-de-alteridade.
                    Arte e História da Arte de Walter Zanini. In: http://www.scielo.br/pdf/ea/v8n22/70.pdf.
CAVALCANTI, Zélia. Arte na sala de aula. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

Arte: o que as pessoas fazem com ela?

"A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível." 
Leonardo da Vinci

Segundo Eisner (2008:85), "há quatro coisas principais que as pessoas fazem com a arte. Elas a fazem. Elas as vêem. Elas entendem o lugar da arte na cultura, através dos tempos. Elas fazem julgamentos sobre suas qualidades". Além disso, [...] “as artes envolvem aspectos estéticos que estão relacionados à educação da visão, ao saboreio das imagens, à leitura do mundo em termos de cores, formas e espaço; e propiciam ao sujeito construir a sua interpretação do mundo, pensar sobre as artes e por meio das artes".

Para saber mais, leia:
O ensino de Artes Visuais na Educação Infantil. 13 mai. 2011. Disponível em: <http://educacaoinfantil-colegioantares.blogspot.com/2011/03/o-ensino-de-artes-visuais-na-educacao.html>.

Criança Fazendo Arte

          Este post é uma homenagem à Cleido Vasconscelos e M. Clotilde Rosseti-Ferreira,
pela rirqueza do vosso artigo "Criança Fazendo Arte".
Não os conheço pessoalmente, mas seus escritos fazem-nos dialogar.
Aceite essa singela homenagem pela grande contribuição que seus escritos
 e o livro Os Fazeres na Educação Infantil tem me dado.
Enquanto educadora infantil, este é um dos meus livros de cabeceira.

A arte é uma forma da criança entrar em
contato consigo e com o universo.
          Ao abordar a temática Criança Fazendo Arte, Vasconscelos e Rosseti-Ferreira nos chamam a atenção para a importância de se repensar o fazer artístico na Educação Infantil e iniciam seu texto dizendo:
Acho interessante pensar que a criança vai fazendo o que quer, quando faz arte... Partindo dessa idéia, quando desenvolvemos algum trabalho artístico com elas é sempre bom deixá-las seguirem seus próprios caminhos. Porém não devemos nos esquecer que a arte se faz presente como linguagem.  Trata-se de um produto das relações do homem com o meio, desde as primeiras manifestações gráficas nas grutas pré-históricas. (2006, p. 106)
          E ao nos lembrar que a Arte é uma linguagem, os autores deixam claro que ela precisa ser trabalhada a partir de um planejamento coeso, onde os temas devem partir de diferentes maneiras e também partir da realidade em que a criança vive.


          O contato com diferentes artistas e artesões assim como as visitas a diferentes locais que representam a cultura, a história e as diversas formas de expressão de um povo deve ser entendido como um dos objetivos a serem alcançados na educação infantil. Ao educador, então, fica delegado a função de organizar tais visitas e contatos, assim como, buscar diferentes realidades e maneiras para que seu aluno possa se expressar artísticamente. A ele também é delegado a função de organizador tanto das práticas quanto das técnicas a serem aprendidas pelos pequeninos.
          Além de organizador é preciso que o professor dê liberdade para que seu aluno possa criar. O fazer junto deve permear sua prática "[...] Por que é neste interagir, nesta emoção compartilhada, que acontece o desenvolvimento tanto da criança, quanto do educador." (VASCONCELOS, ROSSETI-FERREIRA, 2006, p. 107) e se constrói um espaço gostoso de convivência. Ainda segundo os autores citados:
Nós podemos nestas brincadeiras artísticas partilhadas, por exemplo, pedir às crianças para que desenhem, inicialmente com giz de cera, o lugar em que elas estão. A pintura pode ser individual ou coletiva, em várias folhas ou num papel bem grande estendido no chão. algumas coisas que existem neste lugar, e que poderiam ser desenhadas, são lembradas pelas crianças, pois fazem parte do seu mundo. Outras são lembradas e fazem parte do mundo da educadora. Depois damos para elas tinta diluídas e pincéis para colorirem o desenho que fizeram com o giz. A tinta bem diluída em água não encobre as áreas desenhadas pelo giz e realça ainda mais o desenho inicial. Quando procuramos, nesses desenhos, com os olhos do coração, encontramos mamães, papais, educadoras, árvores, bruxas malvadas, colegas, carrinhos, aviões, foguetes, lobos maus e mais um montão de coisas que podem existir neste lugar. (2006, p. 107)
          Essa diversidade de opções para que a criança se expresse por meio de uma atividade que ela tanto gosta, tal qual o desenho, permite que ela exprima todas as suas emoções e demonstre como vê o mundo e experimentem sensações e emoções diferenciadas e vivenciem o ser criança.
          As atividades artísticas na Educação Infantil possibilitam que professor e aluno possam dialogar a respeito dos mais diversos temas, por meio das mais diversas técnicas e pelo caminho que mais possibilita a criança aprender: o lúdico em sala de aula.

Curiosidade:
          As atividades artísticas são definidas como os campos das artes visuais, das artes cênicas e da música. (ProFuncionário, 2007, P. 14)

Referência:
VASCONCELOS, Cleido; ROSSETI-FERREIRA, M. Clotilde. Os Fazeres na Educação Infantil. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2006. p. 106-108.

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Informática Aplicada às Artes: técnicos em multiméios didáticos. Brasília, MEC, 2007.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Nova Educação Infantil

                                    "Dar atenção aos pequenos é a principal tarefa da Educação para esta década." (Bianca Bibiano)

           A Educação Infantil é um momento único de aprendizagem. Nela a criança deve vivenciar experiências significativas e que lhe propicie a vontade de continuar a aprender. A aprendizagem precisa ser estimulada de maneira a promover identidade e autonomia, conhecimento de mundo e da natureza, domínio dos movimentos, das artes, incluindo as mais diversas formas de expressão, além de saberes relativos a matemática e a língua materna, incluindo o pleno desenvolvimento da linguagem oral e escrita.
           A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) no artigo 29 define "A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade."
           Esta etapa da educação básica, portanto, não deve ser entendida como uma preparação para o ensino fundamental ou mesmo para a alfabetização e, por isso precisa ser pensada e discutida com base nas teorias que tomam para si o estudo da infância e do desenvolvimento humano e práticas específicas e necessárias para o pleno desenvolvimento infantil.
           Neste início de Século XXI muito se tem discutido a respeito das mudanças na educação, em especial no Ensino Fundamental. Porém faz-se necessário, agora, pararmos e refletirmos sobre a Educação Infantil. Discussão esta que deve se embasar nos estudos do desenvolvimento da criança e da análise histórica tanto do papel da criança, quanto do papel da escola.
           Enquanto educadores devemos nos aperceber que o fato da criança ir mais cedo para o Ensino Fundamental não altera somente o pensar sobre este nível da Educação Básica, mas, influência diretamente as nossas atitudes para com a pré-escola. Uma vez que a criança de 05 anos apesar de frequentar, agora, o último momento da Educação Infantil, não deixou de ser a mesma que outrora ainda tinha mais um ano para desfrutar dos prazeres da escola da infância e nem ao menos está numa outra fase do desenvolvimento. O que nos leva a perceber a importância de não se transferir os conteúdos e práticas do último nível da Pré-escola, outrora destinado as crianças de 06 anos, para estes pequeninos.
            É preciso reafirmar que a criança, a qual se destina a Educação Infantil, está em pleno desenvolvimento, que ela pode aprende com facilidade, mas para que isso aconteça faz-se necessário que as escolas se repensem e saibam que esta é uma etapa que exige planejamento específico e um olhar atento do professor, principalmente no que diz respeito as fases do desenvolvimento e as práticas que contribuem para que este aconteça da melhor forma possível.
Vídeo: Programa Exibido em 2000, no contexto da apresentação do Referencial Nacional Curricular da Educação Infantil.

Curiosidade:
A educação coletiva de crianças de zero a seis anos tem tido um grande avanço. Novos fazeres, tendências e condições estão se estabelecendo. Toda essa novidade parece ser devido à conjunção de três fatores:
- um intenso aumento da demanda;
- a construção de conhecimentos sobre desenvolvimento e educação infantil;
- e, sobretudo, o desenvolvimento de políticas públicas na área. (SILVA, ROSSETI-FERREIRA, 2006, p. 179)
Os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por grandes transformações e descobertas. Aos poucos, os pequenos começam a entender o mundo em que vivem e aprendem a lidar consigo mesmos e com os outros. (NOVA ESCOLA).
Dicas de Atividades:
FERNANDES, Elisângela. Atividades simultâneas na creche. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/atividades-simultaneas-creche-584454.shtml>.

Para saber mais, leia:
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: estratégias e orientações para a educação de crianças com necessidades educacionais especiais. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/eduinf_esp_ref.pdf>.
ARIÈS, Phillipe. História Social da Criança e da Família. LTC. Educação Infantil, lugar de aprendizagem. In: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/gestao/educacao-infantil-lugar-aprendizagem-creche-pre-escola-espacos-ambientes-538590.shtml.
SILVA, Ana Paula Soares da; ROSSETI-FERREIRA, M. Clotilde. Novos Ares para a educação infantil. 8 ed. In: Os Fazeres na Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 2006. p.179-182.
SILVA, Ana Paula Soares da; VITORIA, Telma; PANTONI, Rosa V.; BESANI, Viviane; ROSSETI-FERREIRA, M. Clotilde. As leis e a educação infantil. 8 ed. In: Os Fazeres na Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 2006. p.179-182.
NOVA ESCOLA. Desenvolvimento infantil: série especial. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/desenvolvimento-infantil/.