segunda-feira, 13 de junho de 2011

Candido Portinari: o menino de brodósqui

Candido Portinari

Vim da terra vermelha e do cafezal.
As almas penadas, os brejos e as matas virgens
 Acompanham-me como o espantalho,
Que é o meu auto-retrato.
Todas as coisas frágeis e pobres
Se parecem comigo.
(Candido Portinari)
Candido Portinari nasce no dia 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café, em Brodósqui, no interior do Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebe apenas a instrução primária e desde criança manifesta sua vocação artística. (Portinari.org)
          Portinari foi sem dúvida o maior nome da pintura brasileira, quando se trata de retratar o nosso povo. Sua genialidade foi tamanha que seus quadros encantam o mundo inteiro. Em sua obra tanto a crinça quanto o jovem fora retrato. Deixou seu nome registrado na história das Artes e fez-se desenhista desde menino, quando desenhava no papel de embrulho da venda de seu pai. Morreu da paixão que o fez viver (as tintas usadas em suas pinturas).

"Desde muito cedo, Candinho, como era chamado pela família, já manifestava sua vocação artística, e desenhava em tudo em que era possível: papel de cigarros, na areia..."

          Por ter sido um divulgador do nosso povo, da nossa cultura, da nossa infância, não pode deixar de fazer-se presente em todas as turmas da escola infantil. Levou nosso país para dentro do restrito círculo da Arte internacional com a publicação do Catálogo Raisonné de Cândido Portinari.
                       “Cândido Portinari carregou pela vida e pelo mundo, e estampou em tudo que criou, o mesmo olhar do menino de Brodósqui. [...]
(José Eduardo Dutra, presidente da Petrobras)

[...] morreu no dia 06 de fevereiro de 1962, quando preparava uma grande exposição de cerca de 200 obras a convite da Prefeitura de Milão, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava. (Cultura Brasil)
Portinari e a Infância
                                                                 por Cria Mineira
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Visitem o site dirigido por João Candido Portinari, filho do pintor.
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Para ler a Cronobiografia de Candido Portinari, acesse: http://www.portinari.org.br/ppsite/ppacervo/cronobio.pdf

Cronologia:

1903 - Nasce em Brodósqui (Brodowski), perto de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no dia 13 de dezembro, filho de imigrantes toscanos que trabalhavam na lavoura de café. Cândido teria dez irmãos - seis mulheres e quatro homens;

1914 - Cria sua primeira gravura, um retrato do compositor Carlos Gomes, em carvão, copiando a imagem de uma carteira de cigarros;

1919 - Matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio. Em sérias dificuldades financeiras, Candinho chega a comer a gelatina química que recebe para misturar com as tintas;

1923 - Pinta "Baile na Roça", sua primeira tela de temática nacional. O quadro é recusado pelo salão oficial da Escola de Belas Artes, por fugir dos padrões acadêmicos da época;

1929 - Como prêmio do Salão Nacional de Belas Artes, que obteve com um retrato do amigo (poeta) Olegário Mariano, ganha uma bolsa de estudos em Paris. Ali, descobre Chagall, os muralistas mexicanos e sofre fortes influências do trabalho de Picasso;

1931 - Volta da França casado com a uruguaia Maria Victoria Martinelli;

1935 - Produz uma de suas obras mais famosas, "O Café" e inicia a que é considerada sua fase áurea (1935-1944);

1936 - Começa a dar aulas de pintura na Universidade do Distrito Federal;

1939 - Em 23 de janeiro nasce seu único filho, João Cândido. Cria três painéis para o pavilhão do Brasil na feira mundial de Nova York. Faz uma retrospectiva com 269 obras, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio;

1940 - O Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) inaugura a exposição Portinari of Brazil;

1942 - Cria painel para a Biblioteca do Congresso dos EUA;

1944 - Trabalha no polêmico altar da Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte. Muito discutida pelos religiosos, tanto por suas formas arquitetônicas quanto pelo mural de São Francisco com o cachorro, a igreja só seria inaugurada em 1950;

1945 - Filia-se ao Partido Comunista Brasileiro e candidata-se a deputado federal. Não consegue eleger-se;

1946 - Termina a as obras da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte e faz o painel da sede da ONU, "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse", com 10 por 14 metros. Expõe 84 obras em Paris. Candidata-se ao Senado pelo PCB, mas também não é eleito;

1950 - Representa o Brasil na Bienal de Veneza;

1953 - Inicia os painéis "Guerra" e "Paz", para a ONU, que terminaria em 1957;

1954 - Começa a manifestar sinais de envenenamento pelo chumbo contido nas tintas com que trabalha: sofre uma hemorragia intestinal e é internado;

1955-56 - Realiza 21 desenhos com lápis de cor para uma edição de Dom Quixote, de Cervantes. A técnica era uma alternativa tentada por Portinari para escapar à intoxicação pelas tintas;

1956 - Faz uma viagem a Israel, onde produz uma série de desenhos a caneta tinteiro;

1959 - Faz as ilustrações para uma edição francesa de "O Poder e a Glória", de Graham Greene;

1960 - Nasce sua neta Denise, e ele passa a pintar um quadro dela por mês, contrariando as recomendações médicas;

1962 - Morre no Rio de Janeiro, em 6 de fevereiro, em conseqüência da progressiva intoxicação. Na época preparava material para uma exposição no palácio Real de Milão.

Fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/portinari.htm.
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Curiosidade:
União da Tecnologia com a História da Pintura Brasileira
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Picasa:

Para saber mais, visite:

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